domingo, 17 de novembro de 2013

Texto frágil, mas elenco supera tudo. Grupo se apresenta em Harvard



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Texto frágil, mas elenco supera tudo

Folias D?Arte se equilibra com graça sobre o vazio da narrativa em Cardenio

26 de junho de 2009 | 0h 00
- O Estadao de S.Paulo
Há tolos em toda parte, logo, há tolices em Harvard. Tal como é transmitida ao público pelo grupo Folias D?Arte, a história da encenação de Cardenio começa com um convite feito pela Universidade da Harvard para que artistas de teatro de várias partes do globo encenassem, "com cores locais", uma peça escrita por dois autores norte-americanos, tomando como ponto de partida um fragmento de texto teatral de autoria duvidosa do século 16 e episódios do celebérrimo romance de Miguel de Cervantes. Com tantas peças esplêndidas adormecidas no vasto baú da dramaturgia teatral ocidental, é uma pena que a instituição norte-americana tenha optado por estimular a cooperação entre grupos de teatro com um projeto cujo fundamento é a desmistificação da autoria. Não há ideia mais surrada e os nossos modernistas, em um arco histórico que vai de Mário de Andrade a Ariano Suassuna, já encerraram o assunto por meio de teses, ensaios críticos e obras de arte que deslocaram o foco crítico para a formalização. Vêm de todos os lugares e tempos as histórias, há muito se sabe que um imaginário coletivo amealha uma certa sabedoria a que a arte recorre e da qual se desvencilha no tempo oportuno. Basta lembrar que os episódios da trajetória do rei Édipo, recontados de modo singelo, ganhariam no máximo cinco minutos no noticiário policial das emissoras de televisão.
Sendo assim, o que interessa é o modo como o Folias D?Arte trabalha a partir da proposta de preencher com "cor local" o contorno desenhado por Stephen Greenblatt e Charles Mee, os dois autores responsáveis pela peça-convite. Por sorte, diante de uma incitação à metalinguagem (a quem pertencem certas narrativas?, como se escreve uma peça ou um romance?), o grupo reage com a desenvoltura de quem há muito tempo trabalha sobre o segundo termo dessa proposição. Sem nenhuma vocação para filigranas semióticas, o grupo começou a definir sua identidade artística adaptando um livro em que Théophile Gautier glosava as dores e alegrias de uma companhia mambembe e, desde então, não deixa de refletir por intermédio de seus espetáculos sobre a relação instável entre a criatividade e o ofício. Por gosto e também em razão da intenção militante que não separa a teoria da prática, o Folias evidencia nos seus espetáculos o modo como se produz a ilusão no teatro.
Em perfeita sintonia com a poética do grupo, Cardenio, em lugar de ponderar o lema da apropriação de narrativas por diferentes autores, é uma recriação espetacular - no sentido lato da palavra - da bagunça que faz parte da criação teatral. A cópia, o empréstimo, a repetição e o simulacro não chegam a ser um tema importante, porque são procedimentos institucionalizados pela tradição teatral e romanesca.
Em cena, contudo, personagens e atores têm muito mais importância do que a fábula e é a autonomia das máscaras individuais procurando um entendimento durante o espetáculo que o grupo enfatiza com um viés irônico em Cardenio. Uma vez que não dispõe de uma narrativa cuja inteligibilidade contribua para o exercício das habilidades dos intérpretes e tampouco em tema central digno de ponderação, o espetáculo dirigido por Marco Antonio Rodrigues abre alas para a graça do jogo. Tanto a comédia de enganos quanto a farsa, duas vertentes cômicas consagradas pelo teatro ocidental, são trituradas pela irreverência crítica do grupo. Sem paciência para desvendar e esclarecer quem são as personagens que se enamoram, juntam-se e se separam como peças de encaixe em um quebra-cabeças conhecido há séculos pelos artistas e pelo público, o espetáculo encurta o caminho, desacreditando de tudo e de todos. Atrapalhadas pelos figurinos e pelas entonações que misturam referências e diferentes períodos da história - afinal, os empréstimos da proposta original não respeitam fronteiras geográficas e cronológicas -, as personagens não sabem bem quem são, onde estão e o que devem fazer para levar adiante a história.
Também o amor, subtema que nas comédias de intrigas é tratado com alguma delicadeza e permite aos dramaturgos o exercício do lirismo elegante, é ironizado por trapalhadas semelhantes às das farsas circenses. A maior preocupação que move as personagens e a narrativa é a incerteza quanto ao modo de conduzir o espetáculo a um ponto final. Desobrigados do verismo emocional, da coerência entre causa e efeito e até mesmo da tarefa de localizar uma sequência narrativa no tempo e no espaço, os intérpretes podem bordar com minúcias de gestos, evoluções grupais e entonações a comicidade de suas personagens insensatas. Está aí está o sumo da brincadeira irônica sobre Cardenio: exibem-se os atores distanciados de máscaras tênues demais para ocultá-los. E há poucas coisas tão divertidas quanto um elenco inteligente, tecnicamente bem preparado e habituado ao exercício coletivo equilibrando-se com graça na corda bamba da improvisação sobre o vazio do texto.
Serviço
Cardenio. 110 min (com intervalo de 10 min.) 12 anos. Galpão do Folias (90 lug.). Rua Ana Cintra, 213, tel. 3361- 2223. 5.ª e 6.ª, às 21 h; sáb., 21h30; dom., 20 h. R$ 30. Até 30/8

Uma cia premiada


Cia. Folias D´Arte

http://www.opalco.com.br/foco.cfm?persona=cias&controle=65



Fundada em: 1990
www.folias.com

A Companhia começou em 1990, em São Paulo, e desde então tornou-se referência artística para o Teatro brasileiro.
PEÇAS ENCENADAS E PREMIAÇÕES“El Dia Que me Quieras” Texto de José Ignacio Cabrunas Direção Marco Antonio Rodrigues Galpão do Folias-SP Fev. 2004 Espetáculo indicado ao Prêmio Shell/2005 Categorias: Direção, direção musical e atriz.
“O CARA QUE DANÇOU COMIGO” Texto de Mário Bortolotto Direção Marco Antonio Rodrigues 2005
“O Banho” Texto e direção de Reinaldo Maia Galpão do Folias Setembro / 2004
“Nada Mais Foi Dito nem Perguntado” De Luís Francisco Carvalho Filho Direção Ailton Graça, Atílio Beline Vaz, Bruno Perillo, Carlos Francisco, Dagoberto Feliz, Gabriel Carmona. Teatro Jardim São Paulo Maio/ 2004
“OTELO” De William Shakespeare Direção Marco Antonio Rodrigues Galpão do Folias São Paulo -junho/2003 5 Indicações ao Prêmio Shell 2003 – Melhor Diretor, Ator, Atriz, Cenário e Iluminação Vencedor do Prêmio APCA 2003 – Melhor Espetáculo
“Pássaro da Noite” De José Antonio de Souza Direção Roberto lage 2002
“Las Muchachas” Concepção e Direção Dagoberto Feliz 2002
“SINGLE SINGERS BAR” Roteiro e direção Dagoberto Feliz 2002
“Frankenstein” Adaptação e Direção Reinaldo Maia Galpão do Folias – 2002
“BABILÔNIA” de Reinaldo Maia, direção Marco Antonio Rodrigues Projeto Residência Externa - Oficina Cultural Oswald de Andrade Secretaria de Estado da Cultura. Galpão do Folias - 2001 Indicação Prêmio Qualidade Brasil 2001
“A MALDIÇÃO DO VALE NEGRO” de Caio Fernando Abreu e Luis Arthur Nunes Direção de Dagoberto Feliz Teatro Galpão do Folias - 2001
“PAVILHÃO 5” Texto e direção de Reinaldo Maia Teatro Galpão do Folias - 2001
“Happy End” de Elizabeth Hauptmann ( Dorothy Lane ) Músicas de Kurt Weill e Bertolt Brecht Direção de Marco Antonio Rodrigues co-produção de Folias d’Arte e Grupo TAPA 2.000
“TRONODOCRONO” Espetáculo para crianças de Gabriela Rabelo e José Rubens Siqueira direção de Dagoberto Feliz 2.000
“SURABAYA, JOHNNY!” Show Musical com canções de Kurt Weill e Bertold Brecht Traduções de Lilian Blanc Roteiro de Reinaldo Maia, e Marco Antonio Rodrigues Direção Marco Antonio Rodrigues co- Produção de Folias d’Arte e Grupo TAPA 1.999
“FOLIAS FELLINIANAS” de Reinaldo Maia Direção Marco Antonio Rodrigues Prêmio Estímulo Flávio Rangel Indicações:Prêmio Mambembe Atriz,Ator Coadjuvante e Figurino. 1.998
“O ASSASSINATO DO ANÃO DO CARALHO GRANDE” de Plínio Marcos Direção Marco Antonio Rodrigues Prêmios Mambembe: Direção ( Conj. da obra) Melhor Espetáculo Indicação: Direção Musical
Prêmios no V Festival de Teatro de Resende / RJ Direção; Trilha Sonora: Atriz Coadjuvante; Prêmios no XVIII Festival Nac. Teatro de S. José do Rio Preto / SP Prêmio Especial de Direção: Movimentação Cênica Ator; Cenografia e Maquiagem; Trilha Sonora; 1.997/98
“CANTOS PEREGRINOS” de José Antônio de Souza Direção Marco Antonio Rodrigues 1997 Indicação Prêmio Shell Autor; Prêmio Mambembe Direção ( Conjunto da Obra )
“VERÁS QUE TUDO É MENTIRA” Adaptação de Reinaldo Maia para o romance de Theòphile Gautier Capitão Fracassi Direção Marco Antonio Rodrigues Sala São Judas 1995-1996 Prêmio Mambembe: Figurino; Indicação Prêmio Shell :Direção
“RESSUSCITA-ME” de Rodolfo Santanna Adaptação e direção de Marco Antonio Rodrigues Teatro Itália 1994
“UM UÍSQUE PARA O REI SAUL” de César Vieira Direção Marco Antonio Rodrigues Centro Cultural São Paulo 1992-1993
“ENQ, O GNOMO” de Marcos de Abreu Direção Marco Antonio Rodrigues Teatro Sérgio Cardoso e TBC 1990-1992 Prêmio Moliere:Direção; Prêmios APETESP(Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo): Melhor espetáculo;Melhor Produção; Ator;Atriz; Ator Coadjuvante; Atriz Coadjuvante;Ator revelação; Iluminação; Cenografia; figurino;Trilha original; Coreografia; Grande Prêmio da Crítica: Autor


Espetáculo “A Última História” em cartaz no Galpão do Folias até 25 de novembro, com o Grupo 59 de Teatro.

Sessões: Segundas e sábados, às 21h e domingos, às 20h
Fábula musical popular livremente inspirada no prólogo de “A Fábula dos Saltimbancos”, de Michael Ende, esta montagem vai buscar no universo do circo inspiração para refletir sobre o ofício do artista, a tradição e a renovação artística em uma sociedade pautada pelo consumo, e o eterno embate entre arte e mercadoria. A peça traz à cena um picadeiro em ruínas, com artistas em franca decadência à procura de sentido para sua arte e seu destino. O terreno abandonado que ocupam é agora alvo dos interesses de uma fábrica que ali pretende se instalar. Esse é o mote que detona entre todos os integrantes a busca de saídas ou soluções para a permanência da trupe nos novos tempos.
Duração: 80 minutos. Indicado para maiores de 12 anos.
Direção e Dramaturgia: Tiche Vianna. Elenco: Carol Faria, Felipe Alves, Felipe Gomes Moreira, Fernando Vicente, Gabriel Bodstein, Gabriela Cerqueira, Jane Fernandes, Mirian Blanco, Nathália Ernesto, Nilcéia Vicente, Renata Lobbo, Ricardo Fialho, Thomas Huszar, Marcelo Onofri (piano).
Ingressos: R$ 30,00
Galpão do Folias (90 lugares)
Rua Ana Cintra, 213 (Santa Cecília)
Telefone: 3361-2223 / 3333-2837

Um pouco sobre a história desse teatro

Grupo voltado para o teatro político. Adapta textos clássicos e cria dramaturgia própria com o objetivo de criticar os problemas da sociedade contemporânea.
O Folias d'Arte se forma em 1997, quando um grupo de artistas paulistas recebe o Prêmio Estímulo Flávio Rangel, do governo do Estado de São Paulo, para produzir a montagem do espetáculo Folias Fellinianas, texto inspirado na atmosfera onírica do cineasta italiano Federico Fellini. Diante da necessidade de escolher um nome para o grupo, o título da peça parece a seus fundadores uma boa inspiração, capaz de representar a proposta de unir o erudito, representado na expressão "d'arte", e o popular, nos cantos, nas danças e na irreverência das folias de rua. Na fundação os integrantes do Folias são Reinaldo Maia, autor do texto, os atores Renata Zhanetta, Rogério Bandeira, Carlos Francisco, Nani de Oliveira e Patrícia Barros, além de Marco Antonio Rodrigues, diretor do espetáculo.

Em busca de um local de ensaios para Folias Fellinianas, o grupo encontra no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, um galpão abandonado, propriedade da Fundação Conrado Wessel, que cede o espaço sem ônus de aluguel por dois anos. O espetáculo estreia no Teatro Aliança Francesa em outubro de 1998, ano em que o grupo recebe o Prêmio Mambembe.
A necessidade de ter um espaço próprio, que permitisse autonomia de programação e administração, leva o grupo a investir na transformação do galpão de ensaios em sala de espetáculo. Para isso, conta com a ajuda da Fundação Wessel, que fornece material e mão de obra da engenharia civil, e do cenógrafo J. C. Serroni, que oferece o projeto arquitetônico gratuitamente.
Depois de dois anos de trabalho na reforma, o Galpão do Folias é oficialmente inaugurado em 2000 com Happy End, texto de Elizabeth Hauptmann e músicas de Bertolt Brecht e Kurt Weill, em coprodução com o Grupo TAPAMusical em clima de cabaré, conta o embate entre gângsteres e religiosos na Chicago dos anos 1930, período tumultuado da lei seca e do crack da Bolsa de Nova York, que, segundo o diretor Marco Antonio Rodrigues, guarda relação com o cenário mundial do fim do século XX na forma como os poderes políticos, religiosos e empresariais se relacionam, corroborando "a cultura da mediocrização e a consequente violência".1
A partir de 1999, o Folias torna-se um dos líderes do movimento Arte contra a Barbárie, que condena a mercantilização da cultura e propõe a criação de mecanismos estáveis de fomento à pesquisa e à experimentação, assim como políticas públicas que promovam maior acesso do público aos espetáculos. A repercussão do movimento resulta na aprovação da Lei de Fomento ao Teatro do Município de São Paulo.

A luta por políticas públicas para a arte e a cultura faz parte do ideário do grupo, que participa também das discussões para a criação do Fundo Estadual de Arte e Cultura e do Prêmio Teatro Brasileiro, e está envolvido, com mais dez grupos da cidade, em reflexões e análises sobre a criação estética com base na prática e na perspectiva do teatro de grupo.
Para o diretor Marco Antonio Rodrigues, a escolha do tema para um espetáculo nasce sempre de uma questão que os angustia como artistas. "Acreditamos que, se levantamos um problema legítimo, ele diz respeito a nossos contemporâneos, e que portanto a comunicação entre palco e espectadores se constituirá de forma concreta".2
Em 2003, o Folias realiza sua primeira montagem de um texto de William Shakespeare. A releitura de Otelo, segundo Marco Antonio Rodrigues, é mais uma tragédia sobre a propriedade do que sobre o ciúme, em que a Veneza do século XVI se funde com a Nova York do século XXI. Para a professora e pesquisadora de literatura inglesa Célia Arns de Miranda, o espetáculo resulta em "uma incessante e recíproca interação do sagrado e do profano, da arte erudita e popular, da linearidade clássica e da fragmentação do pensamento, do humanismo renascentista e da modernidade asfixiante".3 Essa peça recebe, em 2003, o Prêmio Shell de direção e cenografia, e o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) de melhor espetáculo do ano.
Para comemorar os dez anos de existência, o grupo monta Oréstia, o Canto do Bode, adaptação de Reinaldo Maia para a trilogia de Ésquilo, constituída pelas tragédiasAgamênonCoéforas e Eumênides, que, juntas, tratam da formação do estado democrático grego, em que se dá a passagem da justiça baseada na vingança para a justiça do mundo civilizado. A adaptação do Folias traça um paralelo com a constituição do continente latino-americano e aborda, na primeira peça, o populismo dos anos 1950 e 1960; na segunda, a ditadura dos anos 1970 e 1980; e na terceira, a redemocratização a partir das últimas décadas do século XX. 
A montagem comemorativa do 10º aniversário coincide com o décimo número dosCadernos do Folias, revista lançada pelo grupo em junho de 2000, com ensaios, entrevistas e textos do repertório dos grupos teatrais de São Paulo. Além dos Cadernos, o grupo publica livros, oferece oficinas e leituras de textos teatrais, organiza seminários e debates públicos. Sempre buscando a troca de experiências, o Folias estabelece um convênio com a Escola Superior de Coimbra, em Portugal, mantém estreitas relações com a Academia Russa de Arte Teatral e é parceiro do Teatro-Escola Célia Helena, de São Paulo, em várias iniciativas.
Em maio de 2008, no Galpão do Folias, é lançado o livro Verás que Tudo É Verdade, de Jorge Louraço Figueira, dramaturgo e crítico de teatro português, que "descreve a trajetória de um punhado de aventureiros que, a bordo de um galpão, impõem a arte teatral como experiência do real".4
Em dezembro do mesmo ano, o Folias lança o filme Ao Pé de Cecília Santa, dirigido pelo também ator Zeca Rodrigues. O documentário acompanha o percurso artístico e político do grupo na região da cidade onde está sua sede, o bairro de Santa Cecília.
Para manter a estrutura do galpão, o grupo promove uma campanha para conquistar sócios e parceiros, que têm, em troca, o direito de assistir seus espetáculos e participar de suas atividades. Porque, de acordo com a concepção de seus criadores, o Galpão do Folias não é fundado apenas para ser sede do grupo, mas também instrumento de revitalização do espaço urbano, levando sua produção à população e convidando-a a se apropriar do espaço, que "nasceu para ser público".5 Supervisionado por um conselho artístico que avalia o conteúdo ideológico e estético dos projetos, o grupo conta com mais de trinta "foliões", em 2009.

terça-feira, 12 de novembro de 2013



Fãs de teatro, uma parada obrigatória é no Galpão do Folias que fica na Santa Cecília. Lá os foliões fazem a festa esbanjando arte para todos os lados. Um galpão grande onde se encontram ótimos espetáculos em cartaz durante todo o ano. Montagens super elogiadas pela crítica, como Orestéia e Cabaré da Santa. O bom humor e a diversão desse lugar compensa o fato da triste e feia região do centro em que se encontra. As ruas ao redor e próximas ao metro Santa Cecília vivem cheias de lixos e sujeiras. Contrastes típicos de São Paulo, onde na rua vemos a degradação da cidade, e numa casa de teatro imagens lindas que nos encantam.